Analisar o comportamento, genericamente, do brasileiro, é tarefa demasiado árdua e complexa, visto a enorme miscigenação apresentada por esse belo país tropical. Ou seja, o povo brasileiro, com o passar dos anos, foi se desenvolvendo influenciado por um número muito grande de culturas e tradições diferentes. Tendo em vista esse fator tão relevante, no que diz respeito à diversificação cultural, podemos afirmar que o povo em questão apresenta muitas características. Mas afinal, qual seria o traço mais marcante no comportamento do brasileiro? O renomado historiador Sergio Buarque de Holanda divide o ser humano em dois tipos ideais: o aventureiro e o trabalhador. “O aventureiro é o homem do espaço e seus valores, como a audácia, a imprevisão, a irresponsabilidade, a instabilidade e a vagabundagem correspondem a uma concepção espacial do mundo. Pelo contrário, tudo aquilo que nutre os valores do trabalhador, como a estabilidade, a paz, a segurança pessoal, o esforço sem perspectiva de proveito material imediato, permanece como que incompreensível ao aventureiro, pois advém de uma concepção temporal do mundo.” Baseado na teoria do genitor de Chico Buarque de Holanda, é possível adequar o caráter sócio-cultural brasileiro, em um meio-termo destes dois tipos ideais citados. Muitos dizem, quando questionados a respeito, que a personalidade do brasileiro ordinário, se adequaria ao conceito do “trabalhador”, pois o mesmo nos remete às características de um povo humilde, simplório, que luta, trabalha por uma vida melhor; comumente visto e conhecido. Por outro lado, há quem suporte a tese de que é “aventureiro” o tipo ideal nacional; tendo como base, o famoso estereótipo brasileiro do malandro, quem sempre está a deambular e por meios de sua sagacidade, alcança na vida a plenitude. O nosso país, por apresentar essa grande diversidade cultural, é dotado de muitos traços no modo de agir de seu cidadão, por conseguinte, a dificuldade de definir sua mais marcante característica é nítida. Paradoxalmente, pode-se definir o maior apanágio do povo brasileiro na própria diversidade de culturas, assimilando o fato de que a mesma nos diferencia dos demais grupos demográficos de todo o globo.
O Gato Preto surgiu no final do século passado, como um trio de rock n..roll, mas hoje em dia há relatos de pessoas que viram a banda como oito pessoas amontoadas num palco tocando polca. Ao longo dos anos o grupo passou por diversas experimentações, acrescentando instrumentos até chegar a uma formação mais acústica, com bandolim e violino muitas vezes substituindo a guitarra. Boa parte das letras falam sobre o mar, e o som está numa mistura de rock com música cigana, jazz e polca. As músicas aqui disponíveis são de várias as fases da banda, desde o rock n..roll power trio até o quinteto atual, que conta ainda com a participação de Gustavo Ortigara no piano, acordeon e teclado, Higor Wendrychowski no trompete e Rodrigo Nickel no saxofone. O Gato Preto tocou em diversos festivais como o Festival Pompéia, Festival Psicodália e Festival Guarda do Embaú, algumas vezes dividindo o palco com grandes nomes da música nacional como Made in Brazil, Patrulha do Espaço, Blindagem e Sérgio Dias. A banda participou também de cinema, no filme “O Dia Em Que Morreu Roberto Carlos”. Em 2007 foi lançado o primeiro EP do Gato Preto e em 2008 o DVD "À Deriva", gravado ao vivo no Sesc da Esquina.
Quando Ronaldo Luis Nazário de Lima chegou ao Corinthians, muitos (inclusive eu) duvidaram que ele voltasse a jogar o futebol que o consagrou e o tranformou em Fenômeno. A prova de que todos estavam enganados começou a ser escrita na semana passada dia 19 de abril no Morumbi contra o São Paulo e foi consmuada hoje, dia 26 de abril contra o Santos em plena Vila Belmiro. Ronaldo desfilou sua habilidade em campo hoje e deixou a todos pasmo. Fez 2 gols magníficos, o primeiro com uma matada de bola que só aqueles abençoados pelos deuses do futebol sabem dar, e o segundo, bem... o segundo foi uma pintura em que não cabem palavras para sua descrição. Não resta fazer mais nada a não ser aplaudir (de pé) e torcer para que ele continue jogando por muitos anos para que essa magia não se extingua.
Epígrafe: "Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não"... Vinícius de Moraes
" Tenho em mente este canto azedo,
Versado em segredo, zelado pra ti.
Um canto nobre, contudo é triste
Que vive aos prantos sempre a lamentar.
E se acaso me perguntar
A razão de tanto chorar,
Direi apenas que gosto do teu olhar
A esperança da minha tristeza reside em teus olhos,
Profundos como o mar.
Tão brilhantes tais quais os amantes
Na aventura errante eterna do amar.
E quando o sol clarear,
Veras a aurora raiar,
E um silêncio eloqüente farei para te ver passar.
Ah! Essa doce agonia que é também causada pelo seu andar.
Nuas pernas se cruzam, se alternam,
Provocando um lindo caminhar,
Palpitando o meu coração,
Que segue a batida deste violão,
Azedando mais uma canção por uma BOA razão''... Bruno Lima
Em 2009, a Virada Cultural chega à sua 5ª edição, e pela primeira vez um artista terá um palco exclusivamente seu. Não, não se trata de uma superbanda tocando durante 24 horas consecutivas, e sim de uma homenagem (mais do que merecida) a Raul Seixas.
No ano em que lamentamos 20 anos da sua morte, Raulzito será homenageado por 19 artistas diferentes, que tocarão todos os seus álbuns na íntegra, em ordem cronológica. Nasi, Marcelo Nova e a primeira banda de Raul, Os Panteras, estão entre os recrutados para a missão de interpretar todas (sim, todas) as músicas do Maluco Beleza.
O "Palco Toca Raul" estará montado na Estação da Luz e suas atrações começam a partir das 18h 15 do sábado, 2 de maio, e vão até as 18h do dia seguinte.
Atrações:
18h 15 - Raulzito e os Panteras (1968) - Os Panteras 19h 30 - Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock(1973) - Gaspa e Os Alquimistas 20h 45 - Vida e Obra de Johnny McCartney (1971) - Leno Azevedo e Envergadura Moral 22h 00 - Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10 (1971) - Edy Star 23h 15 - Krig-Ha, Bandolo! (1973) - Nasi 00h 30 - Gita (1974) - Cesar Di 01h 45 - Novo Aeon (1975) - Caverna Guitar Band 03h 00 - Há dez mil anos atrás (1976) - Macarrão e banda NDA 04h 15 - Raul Rock Seixas (1977) - Alex Valenzi e The Hideaway Cats 05h 30 - O dia em que a terra parou (1977) - Banda Krig- Ha Bandolo! 06h 45 - Mata Virgem (1978) - Raiz Quadrada 08h 00 - Por quem os sinos dobram (1979) - Mou e Tábula Rasa 09h 15 - Abre-te Sésamo (1980) - Velhas Virgens 10h 30 - Raul Seixas (1983) - Darlan Moreira 11h 45 - Metrô Linha 743 (1984) - Raul Seixas Band
13h 00 - Let Me Sing My Rock and Roll (1985) - Agnaldo Araújo 14h 15 - Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!!! (1987) - Rick Ferreira 15h 30 - A Pedra do Gênesis (1988) - Viúva Negra 16h 45 - A Panela do Diabo (1989) - Marcelo Nova e Os Panteras 18h 00 - Jam Seixas
Vencedor do Oscar de documentário de 2009, a co-produção anglo-americana "O Equilibrista", de James Marsh, reconstitui com grande riqueza de detalhes e em clima de suspense a incrível aventura do francês Philippe Petit, que há 35 anos andou sobre um fio de aço estendido entre as Torres Gêmeas, no World Trade Center, em Nova York.
"Equilibrista" narra feito de Philippe Petit, que caminhou entre as torres do WTC numa corda
A caminhada de 45 minutos, no dia 7 de agosto de 1974, aconteceu no mesmo local que acabou sendo palco dos atentados de 11 de Setembro de 2001. O filme estreia apenas em São Paulo.
A centenas de metros do chão, sem rede de proteção, Petit desafiou bem mais do que a lei da gravidade e a própria sorte. A preparação de sua aventura, aliás, foi totalmente clandestina, até porque era ilegal -- nenhuma autoridade do mundo a autorizaria, por óbvias razões de segurança.
Assim sendo, a façanha nas Torres Gêmeas, de longe a mais ousada da vida do equilibrista, exigiu uma logística digna de uma operação militar, com um toque de empreitada criminosa. Foi necessário que ele e seus amigos driblassem a segurança do megaprédio, ainda em construção nos anos 70, introduzindo ali dezenas de metros de cabos de aço e ferramentas que permitiriam a caminhada aérea de Petit.
O filme reconstitui os preparativos da ação, contando com depoimentos do próprio Petit e seus amigos, como Jean-Louis Blondeau e Jean-François Heckel e a namorada Annie Alix. Além disso, recorre-se a imagens filmadas em Super 8 e fotografias realizadas pela irrequieta trupe à época, muitas delas feitas quando Petit e um dos colegas conseguiram fazer-se passar por repórteres, o que lhes permitiu uma das muitas visitas prévias ao topo dos prédios, essenciais para o cálculo da estratégia da colocação dos cabos.
É especialmente bem-feita a reencenação, utilizando atores e tendo como áudio a narrativa de Petit e amigos -- inclusive alguns norte-americanos --, que permite visualizar como eles introduziram furtivamente seus equipamentos nas torres. Muitas vezes, eram forçados a esconderem-se debaixo de lonas e ali permaneceram imóveis por horas, para evitar serem capturados pelos seguranças do local.
A reconstituição é tão boa que, mesmo sabendo-se evidentemente que toda a operação foi um sucesso, sente-se muito palpavelmente o risco envolvido em tudo aquilo. Graças a isso, os espectadores podem sentir quase o mesmo frio na barriga que os aventureiros sentiram em todas as etapas do processo, que correu o risco de falhar até o último momento, por problemas técnicos e até atmosféricos, como o forte vento nas alturas.
A grande façanha de "O Equilibrista" é não se esgotar na descrição desta grande aventura e suas consequências -- logo depois, Petit e amigos foram presos, sendo um deles deportado. O filme vai além, retratando a personalidade que mantém essa estranha paixão de quase voar tão longe do chão, que é a própria razão de viver de Philippe Petit, hoje com 60 anos, e captando, também, o clima libertário e contestador de sua época.
(Por Neusa Barbosa, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
19 de Outubro de 1913, na Rua Lopes Quintas, 114 — bairro da Gávea, Cidade Maravilhosa, nasce Marcus Vinitius da Cruz e Mello Moraes (nome que, nove anos mais tarde, por presente do pai, foi mudado para o qual todos nós conhecemos). Batizado na Maçonaria e aluno de colégio católico, Vinícius de Moraes tem sua primeira fase poética fortemente marcada pela rigidez dos versos, métrica calculada e pela misticidade. Em 1943, ingressa na carreira diplomática.
Bom, dir-se-ia que era esse homem, um quadrado. Isso se não fosse Vinícius de Moraes. E como disse Chico Buarque, "Vinícius não era um devasso... quer dizer, ele era... mas só um pouquinho...".
Assim como o personagem de Scott Fitzgerald (interpretado, nas grandes telas, muito bem, pela metade masculina do badalado super-cônjuge Pitt-Jolie, apesar de um certo hollywoodianismo exagerado por parte do longa), Vinícius passou por um processo de rejuvenescimento. Mas, se no caso de Benjamim Button, a juventude se dava apenas exteriormente, o poetinha parecia que ficava mais jovem a cada ano passado, no que diz respeito ao comportamento.
Com o surgimento da bossa nova, Vinícius passou a ser visto como ídolo dos jovens, um poeta popular, um poeta/cantor, ao lado de figuras como Tom Jobim e João Gilberto. Fez o que poucos poetas se atreveram a fazer, ser compositor. Daí a alcunha de "poetinha", dada pelos mais conservadores, depreciando seu posto no mundo literário, "Poderia ter sido, mas não foi".
Nos anos setenta, virou definitivamente um popstar. Acompanhado por Toquinho, passou a se apresentar diversas vezes em universidades e casas de Show ao redor do mundo.
Era um hippie camdomblé apaixonado, vivendo para festas, músicas, poemas e uísque, muito uísque.
E depois de desligado de suas funções para com o Itamaraty, Vinícius de Moraes observando um pavão, um peru, um gato e um cachorro, diz a Toquinho, "Olha só, eu aprendi mais olhando esse quatro bichos aí, do que com todos esses anos de Diplomacia!"
O Burro Morto surgiu mutilado, teve seus retalhos re-costurados e agora percorre os caminhos sonoros atento às cores e nuances. Respira groove, enche os pulmões de psicodelia, entorta os compassos e regurgita melodias inusitadas.
A inspiração vem do sangue que passeia pelas veias negras da terra antiga, que sai de Lagos, passa pelas dunas de areia escaldante, chega a Addis Ababa, escorre pelos ouvidos jazzistas no norte, desce ao estômago do deep funk e deságua novamente no terceiro mundo. É África-Brasil, via o jazzy groove gringo.
Esse emaranhado de cabos, filtros, delays, climas, cinismo e subversão é manipulado por cinco mentes ácidas: Haley (microkorg, escaleta, orgão), Daniel Ennes Jesi (contrabaixo), Ruy José (bateria) e Léo Marinho (guitarra). Nos idos de 2007 lançaram um EP, Pousada bar, tv e vídeo, com o qual conquistaram almas e mentes worldwide.
Em 2008, o grupo finalizou seu segundo EP, “Varadouro”, lançado digitalmente pelo selo californiano One Cell Records. Através da excelente repercussão do EP, o Burro Morto realizou uma bem sucedida turnê em São Paulo, tocando em casas como CB Bar, Studio SP, Berlin e Bleeckers Street, além de ter participado do projeto “Agulha, bolachão e microfone”, no Sesc Pompéia. Participou também da Feira da Música, em Fortaleza – CE, e do festival Coquetel Molotov, em Recife, um dos festivais mais renomados da cena independente. Fechando o ano, participou do Festival Universo Paralello, na Bahia. Uma de suas músicas integrou uma coletânea lançada pela Revista +Soma, a “+Soma Amplifica”, a qual teve tiragem de 10.000 cópias e foi distribuída gratuitamente em diversas capitais do país. Recentemente, o Burro Morto teve o projeto de produção do seu primeiro álbum aprovado pelo Pixinguinha, programa cultural da Funarte e Ministério da Cultura, que será executado em 2009.
Bem , caros leitores deste blog , este é meu primeiro post e nada melhor para começar, senão, falando do todo-poderoso professor Luxa. Não iniciarei discutindo sobre o jogo, Palmeiras x Santos, mas, sim, do Divino técnico e arquiteto do universo (como na minha crença sobre Deus), Vanderlei Luxemburgo. Já achei, no ano passado, patéticas as contratação de Sandro Silva, Jumar, Fabinho Capixaba, Jefferson, Thiago Cunha, entre outros. Mas foram contratados através da traffic e com o aval do luxa, que estava arquitetando mais um projeto para seu time (não o Iraty, importante lembrar). Os resultados do projeto verão no parágrafo abaixo. O Santos foi superior ao Palmeiras nos dois jogos, até gostei da postura tática do Verdão, mas os jogadores que o luxa tinha eram muito limitados, para não falar outra coisa. Poupo o Keirrison(é uma grande promessa, tem talento), Pierre, Marcos e Diego Souza (apesar de mostrar seu talento para briga, pois nem Marcão conseguiu acalmá–lo). Agora o santos, sim, está de parabéns, principalmente seu técnico, Vagner Mancini, que foi corajoso em colocar seu time com Mádson (que arrebentou com a zaga do clube alvi-verde), o menino Neymar, que foi decisivo em alguns lances, e o matador Kleber Pereira. E com muitos méritos está na final do campeonato paulista (ou, Paulistinha, para quem é eliminado e troca farpas com a Federeção). E o palmeiras, segue para a libertadores, torneio o qual precisa, desesperadamente, de duas vitórias para se classificar. É luxa, parece que a filosofia de trabalho não está sendo acatada por seus pupilos.
Havia recém casado, e se declarava a mulher feliz como nenhuma outra há de ser no mundo:
- Tive sorte Magali, tirei a sorte grande!
- Ah sim, Loyola é homem de bem. Com certeza. Estou feliz por ti!
E, de fato, a felicidade da irmã era verdadeira. Mas nunca escondeu que, no fundo, sentia certa inveja de Magda Lúcia. Afinal, era ela a mais bonita e, o mais importante: a mais desejada.
Magda Lúcia
Fogosa, Magda Lúcia tinha todos os homens a seus pés. Nunca fora infeliz com nenhum, muito pelo contrário, mas não conseguia se ater à um só amante.
Até o dia em que encontrou Loyola. Homem elegante, de boa índole, família tradicional, e rico. Muito rico.
Pequenos anjinhos
Desde pequenas, foram sempre muito amigas. A mãe, D. Inácia, logo quando casou foi enfática:
- Quero apenas meninas, Arnesto. Duas Meninas.
Dito e feito. Nasceram duas criaturinhas angelicais. D. Inácia era bajulações noite e dia. Um mimo só. Na infância, a vizinhança as via como o pequeno tesouro do bairro.
Com o passar dos anos, na adolescência, tornou-se visível o quanto o tempo beneficiou Magda Lúcia, e não o fez com Magali. Fato esse, que não abalou a grande amizade que existia entre as duas irmãzinhas.
Magali
Anunciado o casamento de sua irmã, Magali sentiu uma enorme felicidade, que veio junto com um sentimento de alívio.
- Graças ao Santo, ela aquietou o rabo!
Quando se tratava de homens, Magali era, sempre, posta em segundo plano. E, ao passo que Magda Lúcia partia para outro caso, os rapazes, descaradamente, tentavam a sorte com a irmã. O matrimonio foi para ela, uma notícia dos céus.
O Encontro
Hercúleo, galante, boêmio; Otavio Augusto era, realmente, muito querido pelo sexo oposto.
Tarde quente, Magali tomava, calmamente, seu batido de creme com passas, quando é abordada pelo Hércules da Mooca:
- Como é linda tua face, Chuchu! Permita-me pagar o Shake?
Daí a um novo encontro foram dois dias. Não tardou, também, a terem caso sério.
Tensão
E como era de se esperar, Otavio Augusto tinha de ser apresentado à família de seu “Chuchu”. Foi marcado, um almoço no domingo, dia de Santo Antônio.
Os dias que antecederam essa data, a qual Magali tanto gostava, foram, para ela, contidos de muita tensão. “Não creio, ele vai conhecer Magda, daí é batata”.
Domingo
A feijoada ocorreu dentro da mais absoluta normalidade. Perguntas de praxe. “Quer dizer então que você é funcionário público!? É da Caixa?”. “Então, é Timão ou não é?”. Nada de excepcional. Com exceção ao fato do rapaz ser Juventus.
O Dia Seguinte
- Muito massa sua família, Chuchu.
- E quanto à minha irmã? Que te pareceu?
- Ah... Bom... É simpática.
- Simpática? Só isso?
- Ah... Ué... Sei lá, é bonita.
- Bonita...
- Ô meu Chuchuzinho, que quer que eu diga?
- Pretendes me trocar, Otavio? Trocar-me por ela?
- Quié isso meu Chuchu!? Nunca!
- Prometes me amar pra sempre?
- Pra sempre!
O Comunicado
Um novo almoço foi marcado. Porém, desta vez, não com intuito de apresentação, sim, de anunciação.
- Magda, tenho uma surpresa pra te contar!
- Pois conte então menina!
- Não! Espere e verá...
Chegou o dia, domingo, Final do Paulista. Eis que, de sua cadeira, Magali levanta e faz o grande comunicado:
- Gente... Eu e o Otavio... A gente... – e com lágrimas escorrendo, como que estivessem fugindo de dentro de seus olhos, traçando um caminho tortuoso por sua face, soluçando de emoção, tenta em vão prosseguir a anunciação. Cai em prantos de alegria, nos braços de seu amado. Este que, por sua vez, continua a tentativa de Magali:
- Bom, gente, ela queria dizer que... Nós vamos nos casar!
A alegria então foi geral. Todos se levantaram e aplaudiram o futuro novo cônjuge.
E para aumentar a felicidade do seu Arnesto, o Timão foi campeão.
O Dia Antes
Magali despertou radiante. “Amanhã me caso, hei de me casar”. Saiu para comprar suas frutas. “Pela manhã são bem mais frescas”.
Passa em frente ao bar que costuma freqüentar Otavio Augusto, e então o vê lá dentro. “Meu Santo Antonio, logo cedo...”. Estava atravessando a rua para ter com seu noivo, quando sentiu, de súbito, o maior calafrio de sua vida. Dir-se-ia que nunca sentiu tamanho desgosto. Lá estava o maior fervor que se pode exigir de um beijo. Otavio Augusto e Magda Lúcia.
Visita à irmã
Magda Lúcia despede-se de seu cunhado, e segue rumo sua casa, a mansão de Loyola.
Ao adentrar o hall, tem uma agradável surpresa: sua irmã estava sentada na poltrona de couro, aquela adorada por seu marido.
- Olá Magda, estou já faz tempo te esperando chegar!
- Magali, quanto tempo não me visitas, hein!? Loyola te recebeu quando chegou?
- Ah sim, passei um tempo a me entreter com ele.
- Onde está ele agora então?
- Bom... Acho que aparece para o almoço...
É chegada a hora da refeição na mansão, e Loyola não dá nem sinais.
- Bom, Acho que é melhor a gente ir comer. Só nós duas mesmo.
- Vamos então, Magda! Estou com uma fome...
Sentam-se à mesa, as duas irmãs somente, como há muito não se via.
- Como uma boa anfitriã, tenho dever de te servir irmãzinha!
Os olhos de Magda Lúcia se agigantaram, sua face reproduziu uma expressão jamais vista antes. Empalidece e cai morta no chão. Fruto de uma parada cardíaca.
O prato principal era a cabeça de Loyola.
Dormindo com o noivo
Pelas onze, Magali chega à casa d’Otavio Augusto.
- Meu Deus, como é tarde meu Chuchu. Achei que nem viria mais!
- Pois é meu bem. É que hoje tirei o dia pra pensar.
- Pensar em que, Chuchuzinho?
- Pensar na vida, meu bem. Pensar na vida.
- Verdade né! A partir de amanhã, é vida nova não é meu Chuchu?
- Com certeza, Vida Nova...
-Bom, meu Chuchu, vamos dormir então, que já é tarde!
Os dois foram para o quarto, trocaram de roupa e dormiram. Mas, Otavio, não chegou a acordar.
O mais novo blog a balançar as redes cibernéticas, o Discípulos do Vô Jorge!! Idealizado por Bruno Regina (o popular Brunão, para os chegados, ou Reginão, para chegadas), este bloguespóte propõe abordar todos (leia-se qualquer) assunto possível. Tudo começou com Brunão convidando, quase que convocando, seus amigos Nhoco, Jorge (não Vô), e João. Todos gostaram da ideiasemacento, mas a procrastinação falou mais alto e o bloguespóte foi deixado pra depois. Bom, o depois chegou, e com ele o nosso Discípulos de Vô Jorge's blog!!!