19 de Outubro de 1913, na Rua Lopes Quintas, 114 — bairro da Gávea, Cidade Maravilhosa, nasce Marcus Vinitius da Cruz e Mello Moraes (nome que, nove anos mais tarde, por presente do pai, foi mudado para o qual todos nós conhecemos). Batizado na Maçonaria e aluno de colégio católico, Vinícius de Moraes tem sua primeira fase poética fortemente marcada pela rigidez dos versos, métrica calculada e pela misticidade. Em 1943, ingressa na carreira diplomática.
Bom, dir-se-ia que era esse homem, um quadrado. Isso se não fosse Vinícius de Moraes. E como disse Chico Buarque, "Vinícius não era um devasso... quer dizer, ele era... mas só um pouquinho...".
Assim como o personagem de Scott Fitzgerald (interpretado, nas grandes telas, muito bem, pela metade masculina do badalado super-cônjuge Pitt-Jolie, apesar de um certo hollywoodianismo exagerado por parte do longa), Vinícius passou por um processo de rejuvenescimento. Mas, se no caso de Benjamim Button, a juventude se dava apenas exteriormente, o poetinha parecia que ficava mais jovem a cada ano passado, no que diz respeito ao comportamento.
Com o surgimento da bossa nova, Vinícius passou a ser visto como ídolo dos jovens, um poeta popular, um poeta/cantor, ao lado de figuras como Tom Jobim e João Gilberto. Fez o que poucos poetas se atreveram a fazer, ser compositor. Daí a alcunha de "poetinha", dada pelos mais conservadores, depreciando seu posto no mundo literário, "Poderia ter sido, mas não foi".
Nos anos setenta, virou definitivamente um popstar. Acompanhado por Toquinho, passou a se apresentar diversas vezes em universidades e casas de Show ao redor do mundo.
Era um hippie camdomblé apaixonado, vivendo para festas, músicas, poemas e uísque, muito uísque.
E depois de desligado de suas funções para com o Itamaraty, Vinícius de Moraes observando um pavão, um peru, um gato e um cachorro, diz a Toquinho, "Olha só, eu aprendi mais olhando esse quatro bichos aí, do que com todos esses anos de Diplomacia!"
POETÃO, descanse, cante, crie em paz...


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